Finalmente, no passado dia 9 de Março, pousei os pés na Índia, em Nova Delhi. Senti que tinha chegado a casa, que procurava avidamente com os olhos tudo o que precisava de ver, de absorver, de interiorizar.
Nada me parecia estranho, nem os cheiros, nem as pessoas, o trânsito, as vacas que cruzavam silenciosamente as ruas.
Não vi tristeza, vi desapego, senti amor, muito amor, como se conseguisse que, através dos meus braços, todos os indianos fossem abraçados, acarinhados, tivessem um ombro onde se recostarem para sentir o calor de que todos necessitamos.
Estas foram as minhas primeiras sensações. Isto foi o que senti enquanto ia cruzando as ruas que, desalinhadas, que me conduziam do aeroporto até ao hotel.
Reconheci rostos, hábitos, deuses. Aprendi muito e amei o que fiquei a saber de novo. Não há pressa, não se corre, tudo parece estar no lugar certo. Tudo faz sentido. É difícil regressar.
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