segunda-feira, 16 de abril de 2012

Nepal e Índia III

Felicidade é quando o que você pensa, o que você diz e o que você faz estão em harmonia.” - Mahatma Gandhi
  





  




                                         




Mohandas Karamchand Gandhi, mais popularmente conhecido por Mahatma Gandhi (do sânscrito "Mahatma", "A Grande Alma") foi o fundador do moderno Estado indiano e o maior defensor do Satyagraha (princípio da não-agressão, forma não-violenta de protesto) como meio de revolução.
O princípio do satyagraha, frequentemente traduzido como "o caminho da verdade" ou "a busca da verdade", inspirou gerações de activistas democráticos e de anti-racismo como, por exemplo, Martin Luther King e Nelson Mandela.

Licenciou-se em Direito, em Londres.





Em 1891 regressou à Índia, para partir, quase de seguida, para na África do Sul, em representação de uma firma hindu em KwaZulu-Natal, num processo judicial.





O facto de ter estado na África do Sul, onde a discriminação racial é notória, despertou em Gandhi a consciência social. Depois de resolver um caso difícil como advogado, passou a ser conhecido. Ele mesmo relata: "eu tive um aprendizado que me levou a descobrir o lado melhor da natureza humana e entrar nos corações dos homens. Eu percebi que a verdadeira função de um advogado era unir rivais de festas a parte".
Acreditava que o dever do advogado era ajudar o tribunal a descobrir a verdade, não tentar incriminar o inocente.

Gandhi acabou por ficar vinte anos na África do Sul defendendo a minoria hindu, liderando a luta do seu povo pelos seus direitos. Vivenciou o celibato durante trinta anos e, em 1906, realizou o juramento de Brahmacharya (celibato ou abstenção sexual, levar uma vida pura e isenta de promiscuidades, com desapego à vida material) até ao fim da vida.

Esta renúncia aconteceu quando Gandhi tinha 36 anos de idade e ainda era casado. P passava um dia da semana em silêncio. Abster-se de falar, segundo acreditava, trazia-lhe paz interior. Nesses dias comunicava com os outros através da escrita.

Regressou à Índia em 1915 e passou a exercer o papel de consciencializador da sociedade hindu e muçulmana na luta pacífica pela independência indiana, baseada no uso da não violência. Este, por sua vez, baseava-se no uso da desobediência civil.

Gandhi estava pronto para morar nas ruas sujas com os intocáveis se fosse necessário. Recebeu uma quantia avultado de um anónimo e passou a ajudar os necessitados e as crianças carentes. Foi nesta altura que deixou de usar as roupas que representavam riqueza e sucesso, passando a usar um tipo de roupa que costumava ser usada pelos mais pobres. Promovia o uso de roupas feitas em casa.

Gandhi e os seus seguidores fabricavam artesanalmente os tecidos da própria roupa.






E
m 1917 Gandhi ajudou as pessoas que trabalhavam em tecelagens e que eram injustamente explorados pelos proprietários das fábricas de tecelagem.
Realizou várias viagens pela Índia, a fim de conseguir a consciencialização das pessoas, mostrando a necessidade da prática da desobediência civil e do uso da não violência. Nos finais dos anos 20, Gandhi escreveu uma auto-biografia que retratava as experiências vividas.








(Bandeira da Índia - 1921)


O tear manual viria a ser incorporado à bandeira do Congresso Nacional Indiano e à própria bandeira indiana.






Nos seus discursos, Gandhi mostra, através dos dedos da mão, o seu programa de cinco pontos:

·         igualdade;

·         nenhum uso de álcool ou droga;

·         unidade hindu-muçulmano;

·         amizade;

·         e igualdade para as mulheres.


·      Os cinco dedos representavam o sistema e estavam ligados ao pulso, simbolizando a não-violência.

Gandhi foi assassinado Nathuram Godse, no dia 30 de Janeiro de 1948, em Nova Deli.  Godse foi julgado, condenado e enforcado, a pesar do último pedido de Gandhi que foi a não-punição de seu assassino.
O corpo do Mahatma foi cremado e as suas cinzas foram deitadas no rio Ganges.















As últimas palavras de Gandhi “Hai Ram!”, podem ser interpretadas como um sinal de inspiração tanto para o espírito quanto para o idealismo político, relacionado com uma possibilidade de paz na unificação.






A filosofia de Gandhi e suas ideias sobre o satya e o ahimsa foram influenciadas pelo Bhagavad Gita e por crenças hindus e da religião jainista. O conceito de 'não-violência' (ahimsa) permaneceu por muito tempo no pensamento religioso da Índia e pode ser encontrado em diversas passagens do textos hindus. Gandhi explica sua filosofia como um modo de vida na sua autobiografia “As Minhas Experiências com a Verdade” (The Story of my Experiments with Truth).





Estrictamente vegetariano, escreveu livros sobre o vegetarianismo enquanto estudava direito em Londres. Gandhi experimentou diversos tipos de alimentação e concluiu que deve ser suficiente satisfazer as necessidades do corpo humano. Jejuava muito, e usava o jejum frequentemente como estratégia política.










Mahatma Gandhi, continuou a transmitir seus ensinamentos de manifestação não-violenta até seus últimos anos de vida.





Raj Ghat (o túmulo de Mahatma Gandhi)
















(Estátua de Mahatma Gandhi Nova Deli)




Bandeira da Índia
Significado, cores e história da bandeira indiana



 







A actual bandeira da Índia foi adoptada em 22 de julho de 1947, durante a reunião da Assembleia Constituinte, 22 dias antes da independência.


Esta bandeira é inspirada no pavilhão do Congresso Nacional Indiano e foi elaborada pelo desenhinsta indiano Pingali Venkayya.


A bandeira é constituída por três listras horizontais nas cores açafrão, branco e verde. No centro da bandeira há uma roda de cor azul-marinho com 24 raios que é a Ashoka Chakra (Roda do Dharma, símbolo do hinduísmo).





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