quinta-feira, 28 de julho de 2011

Ficheiro:Amazonie.jpg
Hoje estou bem longe. Pairo por aí algures, abraçando troncos de árvore, escutando os sons musicais que a natureza transmite, deitando-me na Terra e sentindo-me una com ela.

De costas, as palmas das mãos viradas para baixo, sinto com os dedos a terra e as folhas que estão junto a mim, olho o Sol no céu entre a folhagem verde e perco a materialização da minha forma humana. Sou a natureza, una, energia pura, amor pacificado e sem exigência, apenas SOU, AQUI, AGORA.

Mergulho na água e sou água, movimentos leves e frescos. Abraço o tronco velho e grosso da árvore e sou árvore, sinto a fusão energética e nada mais fica. Estendo os braços/ramos e quase toco o céu. Permito que todas as formas animais que assim entendam usem o meu tronco, as minhas folhas, se fundam connosco e partilhemos o saber ancestral que ainda não alcancei.

Devagar a a custo regresso à secretária cheia de papéis sem sentido e retomo um dia que agradeço.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Decisões


Aldeia da Igreja Nova - Mafra

De há uns tempos para cá que penso que, até ao final do ano, começo a fazer coisas mais interessantes do que as que tenho de realizar neste emprego que se tornou sem "piléria" nenhuma, de tão repetitivo e desprovido de conteúdo que é.

Ontem, falando com uma amiga, transmiti o que tenho vindo a sentir - pouca vontade de continuar aqui e um ímpeto enorme em me ir embora, apesar das dificuldades que isso possa trazer. De facto, até o ambiente e as quesílias sem sentido começam a ter algum peso no final do dia.

à hora da saída, de encontrar os verdes diversos do caminho, o ar que respiro, chegar a casa e sentir o aconchego, os meus livros, o que estou a ler, o computador e a ligação ao mundo, enfim, um sem número de coisas que posso fazer e das quais retiro prazer, nem que seja de um simples telefonema, a saber de alguém.

E posso afagar as duas gatas (o Pic partiu durante as férias) e ouvir o ronron de volta, posso fazer o que tenho de fazer de actividades domésticas, mas tenho um horizonte sem fim, que me encanta a qualquer hora do dia ou da noite.

As casas estendem-se pelas encostas dos montes e a igrejinha sobressai no meio delas, com a bordadura azul a ladear o branco imaculado. Sinto a falta do sino, quando não toca, o que é raro.

O medo, sempre o medo, quando a Mesa Radiónica diz que o não tenho. Nem tudo é certo, portanto, nisto das adivinhações, quando temos de interpretar, todo o cuidado é pouco, muito pouco.

Bom, vamos ver. Os Mestres estão cuidando de mim. Pedi-Lhes ajuda. Na altura certa vou ouvir a resposta certa.


quinta-feira, 21 de julho de 2011

Férias :)




Férias, sempre desejadas e, quando damos por elas ... já foram, sem aviso, sem lágrima, sem um adeus sequer. Acordamos, porque um ruído diferente nos obriga a isso e ... já está - DIA DE TRABALHO!!!!

Damos um salto, sentamo-nos na cama e não percebemos bem, nem onde estamos, nem por que nos encontramos já numa posição semi-vertical.

Há um pensamento mais ou menos comum e já muito gasto, neste dia: "tem de ser" ... e continuamos a rotina de um qualquer dia da semana sem pensar, em gestos mecânicos, até darmos conta de que nem um sorriso aflorou aos nossos lábios.

Nesta altura vamos até ao espelho, olhamo-nos e ousamos um sorriso tímido, primeiro, um outro a seguir, até visualizarmos um sorriso aberto normalmente seguido de um pensamento que nos leva rapidamente ao ordenado que ganhamos em troca do sacrifício diário.

Quem sabe este sorriso matinal não é um dos segredos para minimizar o stress do quotidiano, as coisas menos agradáveis que vivemos, porque ainda não somos capazes de transformá-las em agradáveis ou, melhor ainda, reduzi-las àquilo que verdadeiramente são - NADA.

Regressei esta semana. Foi muito bom. Embora não parecesse Verão, matei saudades dos meus netos, brinquei, ri, diverti-me, li em conjunto com eles, arrumámos a casa e fizémos muitos planos. Estou a escrevê-los num caderninho para ver, mais ou menos daqui a seis meses, se de facto os concretizámos ou se apenas foram palavras deitadas ao vento.

Deixo um abraço pouco salgado a quem tem paciência para ler o que escrevo.