Ontem fui ver a Su, querida amiga que nos olha com a ingenuidade de uma criança, pensamento presente noutro momento que não este em que estamos com ela, aconselhendo, dizendo coisas que já não está a ouvir, tão longe se encontra da realidade quotidiana.
Os olhos dela presentes na minha memória recente, o amor que posso dar-lhe, nada mais, porque nada mais está disposta a aceitar.
É assim, porque assim é.
Hoje de manhã um leve nevoeiro envolvia levemente Mafra. Lindo. Ao longe e pouco visível, a silhueta do Convento, imponente apesar de pouco visível.
Sair o portão e respirar o fresco da manhã (madrugada???), fez-me sentir aquela terra e apreciar a partilha do passeio matinal com o Tico e o Teco. Os três e só os três andávamos por aquelas ruas estreitas de prédios velhos, alguns tombados à espera que alguém possa erigi-los de novo, sem o ladrar do cão velho e rezinga que fica por trás do portão verde.
Suja a rua, com papéis, copos de plástico abandonados, maços de tabaco amachucados e atirados para acertar numa parede gasta de suja. Não é uma rua principal, porque essa, apesar das obras, está sempre limpa e convidativa.
Vou limpar esta. Afinal, é onde vivo por agora!
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