domingo, 12 de dezembro de 2010

Vivências





Mandaram-me deitar, fechar os olhos e descontrair. Do escuro surgiu uma luminosidade incrível, luz banca, brilhante, que me obrigava a mexer os olhos sob as pálpebras. A cabeça ganhou volume e a sensação era de que estava a ser mexida por dentro, arranjada? posta no lugar? Depois  começou um desfile alargado de pessoas, de coisas, de factos e, subitamente, como se ouvisse ao longe e tão perto - não significa nada.
O meu corpo ganhou distância e lá estava eu, deitada, de olhos fechados e eu, uma luz branca, desprovida de matéria, a ver-me, e mais eu sentada, numa nova cor, lilás, olhando-me de luz branca e de matéria. E de novo eu, sentada noutra posição, de luz rosa, vendo-me eu e mais eu e mais eu ainda.
As pernas começaram então a ser percorridas por uma energia que as inundava muito profundamente e a frase continuava presente - não significa nada.
Adormeci um sono tranquilo, luminoso, reparador, nunca antes experimentado e acordei em paz, repleta de amor, com a certeza e que tudo o que fluiu na minha mente não significa nada.
Abracei a terapeuta com um amor abrangente e profundamente sentido, comovia pela sensação e leveza de bem-estar que não consigo descrever.





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