Bom dia, dia. Grata por mais um dia, com sol, com chuva, com verdes de matizes variados que posso saborear no caminho que agora faço de S. Miguel de Alcainça até Lisboa. Não foi à toa que a casa que encontrei fica em S. Miguel . Ele protege-me há muito e abre as asas enormes quando me sente mais necessitada de amor, ternura, protecção. Vem comigo no caminho e vai- me dizendo:"Olha, vês aquele moinho? E aquela núvem, gigantesca e cinzenta, que parece querer mergulhar sobre nós? E esta estrada que parece uma serpente que nos conduz ao conhecimento supremo, correndo vertiginosamente à nossa frente, perdendo-se no infinito do seu Ser?".
O caminho faz-se rápido, enquanto o diálogo se desenrola e o amor enche o meu coração a todas as coisas deste mundo sem significado que os meus sentidos vão construindo só para mim.
É muito bom percorrer o dia, um micro segundo de cada vez, sem dar conta, deixando fluir o que vier, aceitando o que chega, partilhando o que sobre, porque sempre sobra, nunca falta e há para todos nós, para mim, para o Eu que todos somos.
As palavras vão surgindo, mas algumas são apagadas e rescritas. Já não fazem sentido, perderam o significado dos pensamentos que as geraram.
Sinto-me abençoada com a minha missão - amar/perdoar/amar/perdoar/amar... As palavras confundem-se na sua magnitude intrínseca.
Por isso, um dia bom Manuela e ao resto do mundo em ti.
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